Eu vivo cada verso... Do avesso particular que cada um possui.
(Sirlei L. Passolongo)

Feche os olhos!




Imagine diante de você
a mais exuberante das rosas
depois, erga as mãos
toque-a...

Deus tem contigo
a mesma delicadeza
com que cultiva as flores...
(Sirlei L. Passolongo)

29/07/2010

Meu Amigo no deserto




Meu Amigo no deserto

Caminho por um deserto de tempestades
Mas posso ver no horizonte
Um oásis de paz e flores
Os cactos têm sido minha companhia
Neles me inspiro
Pois estão verdes,
Radiantes diante dos raios do sol ardente
Trazem na seiva o alimento dos seus dias
Eu carrego na alma a fé
Num Deus que é vida
E caminha a meu lado...
Me leva no colo 
Quando os espinhos ferem meus pés
Um Deus que é alimento do meu espírito
Um Deus Vivo.
Um Deus que é certeza
E paz!
(Sirlei L. Passolongo)

23/07/2010

Em cada essência



















Há em cada pessoa uma essência...

Algumas exalam a delicadeza das hortênsias,
o mistério das açucenas,
deixam na alma que tocam
a emoção de um poema.


(Sirlei L. Passolongo)


22/07/2010

Se eu pudesse

























Se eu pudesse
reescrever nossa história,
fechar os olhos e voltar no tempo.
Recomeçar de onde nossos olhos se encontraram
pela primeira vez...
Onde nossas mãos estremecidas se tocaram
encantadas pela timidez.
Se eu pudesse...
Não mudaria em nada o início,
mas daria a ela outro enredo
e com certeza
reescreveria do mesmo modo
todas as nossas noites de amor...


(Sirlei L. Passolongo)

OLHOS DE PECADO

OLHOS DE PECADO

Era noite de lua
Dessas tão alvas
Que as estrelas
Desaparecem
E ele estava ali...
A me rir com olhos
Como quem desvendava
Minh’alma.

Cada segundo,
Uma fração encantada
Feito uma benção
Que se clama em prece...
Seus olhos eram sol
Do meio-dia
A queimar minha pele.

Era inocente, era sonho?
Não! Não era sonho...
Tampouco inocente.
Ele estava ali
Escrevia em cada célula
Do meu corpo
Como quem me conhecia.

Era apenas um estranho
Jamais soube seu nome
Não sei de onde veio
Mas não era um anjo...
Não! Não era anjo!
Devorava-me com fome
De um homem
Com olhos de pecado.
Nosso encontro
Deve estar marcado
Muito além, muito além
Dos versos de uma poesia.

(Sirlei L. Passolongo)

20/07/2010

DO CÉU DA TUA BOCA

DO CÉU DA TUA BOCA

Me vens
No aroma
Do anoitecer
E me fazes
Estrela
Do céu da tua boca...
Depois, me deixas louca
De tanto te querer
Ao contornar os lábios
Por toda minha face.

Me levas ao espaço
No céu da tua boca...

Guardas em meus seios
O calor dos teus chamegos
Guardas em minha pele
Os sinais du’amor
Com a mesma sede
Do encontro primeiro.

No céu da tua boca
Me fazes
Inteira.

(Sirlei L. Passolongo)

16/07/2010

Mãos inesquecíveis




Mãos Inesquecíveis

Existem momentos
Tão preciosos
Que o tempo jamais apaga...
É quando alguém nos dá as mãos
Quando tudo parece em migalhas.
(Sirlei L. Passolongo)

14/07/2010

Mulher! Não se Cale...


Mulher

Não se cale...
Não se entregue
Não tema
Vencemos tantas batalhas
Mas não podemos nos deixar vencer
Pelo silêncio.
(Sirlei L. Passolongo)

11/07/2010

Das coisas que amo



Das coisas que amo

Algumas têm cheiro
outras apenas imagens
Algumas têm gosto
outras apenas saudades
Algumas têm risos
outras apenas lágrimas...
Das coisas que amo.
Amo inteira
Não sei amar metades.

(Sirlei L. Passolongo)

10/07/2010

Um Céu de Anjos


Um Céu de Anjos


Sempre que estou triste
Olho o céu...
E percebo a imensidão desse milagre
Que nos cerca
Um cuidado especial
De olhos invisíveis, mas tão doces
Que nos acalentam
De uma graça tão leve
Que toda angustia leva
E enfim, posso sentir a paz
Do céu de estrelas
Iluminando minha face
Em cada uma delas
Um anjo me cobrindo de graças.
(Sirlei L. Passolongo)

02/07/2010

Tente





















Tente!

Você pode até tentar ser indiferente a beleza da noite,
A magia do nascer do dia...
Você pode tentar não sorrir quando uma criança faz arte
Não chorar quando um amigo se vai...
Você pode até tentar esquecer um amor
Fechar álbuns antigos sem se emocionar
Mas a essência da vida fala mais alto...
E viver é assim... Cada cena é única
E talvez seja a última
Não deixe nenhuma passar.
(Sirlei L. Passolongo)




Pássaro sem asas.



Pássaro sem asas.

Hoje, não cabe o riso
Em minha face...
Minha’lma grita
Inquieta
As incertezas
Roubam-me o solo
Uma nuvem
Cobre meus olhos.

Hoje, não cabe o riso
Uma tempestade
Sopra-me tanta saudade
Do que era tanto
Hoje, parece nada
Do que era tudo
Hoje, são migalhas.

Mas eu sei...
Há uma fase
Em que a esperança
Se apaga...
E a gente fica assim...
Feito pássaro sem asas.

Um novo dia virá
Junto a uma brisa suave.
(Sirlei L. Passolongo)